Gabriela Hallage tem dez anos, mas a prima que criou sua conta no Facebook colocou que ela tinha 32. Pedro Lucena também tem dez, só que, para a rede social, sua idade é 20.
Assim como Gabriela e Pedro, estima-se que milhões de usuários do Facebook no mundo tenham menos de 13 anos.
Só nos Estados Unidos, são mais de cinco milhões, segundo a revista "Consumer Reports", de tecnologia. Como essa é a idade mínima exigida pelo site para o cadastro, crianças inventam datas de nascimento que as deixem com 13 ou mais.
O "Wall Street Journal" (jornal norte-americano) divulgou no início do mês que o Facebook estuda ferramentas para que os pais possam controlar os filhos na rede. Eles poderiam, por exemplo, autorizar ou não solicitações de amizade aos filhos e decidir a que jogos e outros aplicativos as crianças teriam direito.
O Facebook não responde se abrirá a menores de 13, mas admite ser difícil controlar o acesso de crianças.
Além disso, entrou numa campanha contra o bullying (violência entre colegas) lançada pelo Cartoon, canal infantil. Na versão norte-americana, o site traz vídeo em que o presidente Barack Obama se dirige também às crianças.
Há comunidades de relacionamento para crianças como o brasileiro Migux e o Club Penguin, da Disney. Amanda Lopes, 10, conta que usava o Penguin, mas enjoou. "Queria falar com amigos e, no Penguin, a gente tem que escolher frases numa telinha."
Gustavo Willis, 10, também gosta de falar com amigos no Facebook. Ele não tem conta, porque a mãe não deixa, mas usa as dos primos. "Fico no chat."
Para a mãe, Joyce, há bate-papos mais seguros, como Skype e MSN e até mesmo o gtalk se possuir um email no gmail. "Crianças não têm maturidade para redes sociais de adultos. E entram no Facebook mais pra dizer que estão lá do que pra falar com amigos."
A atitude dessas pessoas usarem o que não tem idade suficiente é totalmente reprovável
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